quinta-feira, 24 de maio de 2012

A literatura na era digital


Muito se tem discutido sobre o e-book: se é algo bom ou se é algo ruim; se vai substituir o livro de papel ou se apenas caminhará lado a lado com ele, ajudando a difundir literatura de mais uma maneira; se vai fazer os autores sofrerem para garantir seus direitos autorais ou se será possível controlar sua distribuição tão bem quanto a dos livros tradicionais.
Mas, antes de entrar nos méritos da discussão, vamos “começar do começo”: Afinal de contas, o que é um e-book?
Um e-book está para um livro assim como um e-mail está para uma carta. Trata-se do eletronic book, uma versão digital do livro de papel.
O e-book surgiu em 1971, quando Michael Hart liderou o projeto Gutemberg. A ideia era que os livros digitais fossem totalmente gratuitos, permitindo que a literatura fosse mais acessível. O Projeto Gutemberg ainda existe, e é a mais antiga biblioteca digital. Em 2006, o projeto afirmava ter mais de 20 mil itens em seu acervo, e 50 novos títulos adicionados por semana! Sua meta é alcançar 1 milhão. A maioria dos títulos é em Inglês, mas outras línguas das mais representadas são Francês, Alemão, Finlandês, Neerlandês, Espanhol e Português. A versão em português do site pode ser acessada aqui: http://www.gutenberg.org/wiki/PT_Principal .
O primeiro livro digital foi publicado apenas em 1993: “Do assassinato, considerado uma das belas artes”, de Thomas de Quincey. No ano 2000, Stephen King lançou um conto digital, “Riding the Bullet” – 400 mil cópias foram baixadas apenas nas primeiras 24 horas!
Os formatos disponíveis são variados: .pdf, .doc, .txt, .html, .epub, .lit, e por aí vai. A diversidade é tão grande que programas foram criados especificamente para a leitura de e-books, capazes de decodificar todos esses tipos de extensões e apresentar em forma de texto. Vieram então os leitores de livros eletrônicos, aparelhos projetados exclusiva ou principalmente para leitura de e-books, que começaram a ser lançados em 1998. Desde os primeiros lançamentos – Rocket ebook e Softbook – esses aparelhos foram evoluindo, passando pelo Kindle, até chegar ao iPad.
Um dos pontos positivos do e-book é a praticidade. Em apenas um desses leitores, pode-se carregar milhares de livros!
E há a questão do preço, é claro. Por não ter gastos com a impressão e todo o processo de montagem do livro, os e-books têm um preço em torno de 50% menor que os livros convencionais. Além dos downloads gratuitos de livros que já são de domínio público.
O e-book substituirá o papel? Dificilmente. Muitos são os que concordam com os “tradicionais”, que a sensação tátil do livro é uma parte importante na leitura. Mas isso não impede que o e-book seja uma ferramenta importantíssima para o hábito de leitura! Certamente, muitos novos leitores estão se formando graças à praticidade e acessibilidade do livro eletrônico.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Os 10 Livros mais lidos do mundo.


Nós adoramos ler um bom livro, mas você sabe quais são os livros mais lidos no mundo?
Esta lista foi criada depois de uma longa pesquisa para descobrir quais eram os livros mais lidos.

1.      Bíblia – 3.9 bilhões de cópias


2.      Livro Vermelho de Mao Tse-tung (Mao Tse-tung) - 820 milhões de cópias


3.      Alcorão – 800 milhões de cópias

  
4.      Dom Quixote (Miguel de Cervantes) – 500 milhões de cópias
 

5.      Harry Potter (J.K. Rowling) – 400 milhões de cópias

6.      O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas) – 200 milhões de cópias


7.      O Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien) – 103 milhões de cópias


8.      O Pequeno Príncipe (Antoine De Saint-Exupéry) - 80 milhões de cópias


9.      O Alquimista (Paulo Coelho) – 65 milhões de cópias


10.   O Código Da Vinci (Dan Brown) – 57 milhões de cópias



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Livros que viraram filmes

A literatura sempre foi uma das principais fontes de inspiração para o cinema, essa relação entre literatura e cinema a muito tempo rende bons frutos isso porque as historias contadas pelos livros chamam a atenção dos roteiristas e rendem grandes sucessos nas bilheterias.
Entre as adaptações mais recentes e famosas estão O Senhor dos Anéis escrito em 1937 e 1949 pelo escritor britânico J.R.R. Tolkien, somando os três livros publicados já venderam mais de 160 milhões de copias.
A trilogia foi adaptada para o cinema em 1999 pelo diretor Peter Jackson e está entre os recordes de bilheteria e acumula dezessete Oscar.

Outro grande sucesso das adaptações está Harry Potter, as aventuras do bruxinho mais famoso do mundo escrito pela britânica J.K. Rowling é constituído por 7 livros o primeiro foi lançado em 1997. Mundialmente a serie Harry Potter já vendeu cerca de um bilhão de exemplares até dezembro de 2011 em mais de 67 idiomas. Os filmes de Harry Potter se tornaram a maior franquia cinematográfica da historia. 
Entre os clássicos podemos destacar O Poderoso Chefão filme de 1972 que ganhou 3 Oscar, o livro escrito por Mario Puzo originalmente publicado em 1969 sobre uma família de mafiosos que imigra para os Estados Unidos e também Entrevista com o Vampiro escrito pela americana Anne Rice lançado em 1976 e adaptado para o cinema em 1994.
Uma adaptação de grande sucesso do cinema e que poucas pessoas sabem é a obra infantil O Rei Leão, animação da Walt Disney o filme lançado em 1994 foi inspirado na tragedia de Shakespeare, escrito entre 1599 e 160, essa obra conta a historia de como o príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, o rei, executado por seu tio que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet, essa peça é considerada uma das mais importantes obras de William Shakespeare.
                                                         Outra grande novidade tem sido as adaptações das historias em quadrinhos para a telona o que tem agradado bastante ao publico, como o mais recente adaptação temos Os Vingadores.








sexta-feira, 11 de maio de 2012

Irmãs Brontë

  Charlotte, Emily e Anne Brontë, três mulheres, de uma única família, que ficaram famosas por suas obras literárias. Esse fato por si só já seria digno de muito louvor, ainda mais no contexto em que se encontravam.
  Em uma sociedade com rígidos princípios moralistas, em que a mulher era vista como um ser frágil, prudente e fútil, algumas, vitimas de agressões por seus cônjuges ou vindas do campo, tendo que, por falta oportunidade de trabalho, se prostituírem para garantirem o seu sustento, mesma época em que surgiu um dos mais marcantes (e nunca identificado) assassinos, Jack, o Estripador. Quem apostaria que essas meninas se tornariam grandes escritoras e reverenciadas até os dias atuais, tendo até mesmo obras consideradas clássicos mundiais?
  Em agosto de 1824, Charlotte e as suas irmãs Emily, Maria e Elizabeth (as duas últimas sendo anônimas e irmãs mais velhas), foram enviadas para a escola em Cowan Bridge, Lancashire. Charlotte sempre afirmou que as fracas condições da escola, que incluiam castigos e má alimentação, afetaram permanentemente a sua saúde e desenvolvimento e apressaram a morte das suas irmãs, Maria (nascida em 1814) e Elizabeth (nascida em 1815), que morreram de tuberculose em junho de 1825. Pouco depois da morte das suas irmãs, o seu pai retirou as filhas restantes da escola.
  De regresso a casa, Charlotte passou a ser "uma amiga maternal e guardiã das suas irmãs mais novas". Juntamente com os seus irmãos ainda vivos, Patrick Branwell, Emily e Anne, Charlotte começou a escrever sobre as vidas e lutas dos habitantes dos seus reinos imaginários. Charlotte e Branwell começaram a escrever histórias byronianas sobre um país que tinham invantado chamado Angria, ao mesmo tempo que Emily e Anne começaram a escrever artigos e poemas sobre Gondal, o país que também tinham inventado. As sagas (parte das quais ainda existe nos dias de hoje em forma de manuscrito) eram elaboradas e rebuscadas e instigou-as desde a infância e adolescência com um interesse quase obsessivo que as preparou para a sua vocação literária durante a idade adulta.
  Charlotte foi a primeira a ter uma publicação, Jane Eyre, sob o pseudônimo de Currer Bell, atingindo grande sucesso. Em sequencia surgiram as publicações de Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivantes, em português), sob o pseudônimo Ellis Bell (Emily) e The Tenant of Wildfell Hall, de Acton Bell (Anne). Charlotte escreveu mais tarde sobre a razão pela qual tinham escolhido não revelar os seus nomes:
"Não gostávamos da ideia de chamar a atenção, por isso escondemos os nossos nomes por detrás dos de Currer, Ellis e Acton Bell. A escolha ambígua foi ditada por uma espécie de escrúpulo criterioso segundo o qual assumimos nomes cristãos, claramente masculinos, já que que não gostamos de nos declarar mulheres, uma vez que naquela altura suspeitávamos que a nossa maneira de escrever e o nosso pensamento não eram aqueles que se podem considerar 'femininos'. Tínhamos a vaga impressão de que as escritoras são por vezes olhadas com preconceito e tínhamos reparado como os críticos por vezes as castigam com a arma da personalidade e as recompensam com lisonjas que, na verdade, não são elogios."
  O romance de Charlotte obteve um sucesso imediato, mas os livros das irmãs passaram quase despercebidos. O romance de Emily (O Morro dos Ventos Uivantes) foi mal acolhido pela crítica, que condenava a sua dureza e a brutalidade das personagens. No entanto, com o tempo acabou por se impor como uma obra significativa da literatura inglesa, o que tem sido confirmado por sucessivas traduções e reedições.
  Emily e Anne morreram quase a seguir (1848 e 1849, respectivamente). De Anne saiu ainda uma segunda obra, Agnes Grey (1848). Charlotte sobreviveu por algum tempo depois do falecimento de suas irmãs e pode ainda publicar dois outros romances (Shirley, em 1849, e Vilette, em 1853). Acabou por falecer, vítima da tuberculose, como os irmãos, por volta de 1855.
  Recentemente foi descoberto em Bruxelas – e divulgado pelo London Review of Books - um conto inédito de Charlottë Bronte, intitulado L’Ingratitude (A ingratidão). O trabalho data de 1842, quando Charlotte tinha, então, 26 anos. O mais curioso de tudo é que o conto nada mais é do que uma lição de casa de francês (vem daí os erros de gramática e ortografia) entregue à seu antigo professor, Constantin Heger – que era casado – pelo qual, dizem, Charlotte foi apaixonada! Inclusive, ela chegou a se corresponder com ele, mas, as cartas nunca foram encontradas e, tampouco, seu “amor” foi retribuído. O conto pode ser lido na íntegra, em francês ou inglês, aqui.