Muito se tem discutido sobre o
e-book: se é algo bom ou se é algo ruim; se vai substituir o livro de papel ou
se apenas caminhará lado a lado com ele, ajudando a difundir literatura de mais
uma maneira; se vai fazer os autores sofrerem para garantir seus direitos
autorais ou se será possível controlar sua distribuição tão bem quanto a dos
livros tradicionais.
Mas, antes de entrar nos
méritos da discussão, vamos “começar do começo”: Afinal de contas, o que é um
e-book?
Um e-book está para um livro
assim como um e-mail está para uma carta. Trata-se do eletronic book,
uma versão digital do livro de papel.
O e-book surgiu em 1971,
quando Michael Hart liderou o projeto Gutemberg. A ideia era que os livros
digitais fossem totalmente gratuitos, permitindo que a literatura fosse mais
acessível. O Projeto Gutemberg ainda existe, e é a mais antiga biblioteca
digital. Em 2006, o projeto afirmava ter mais de 20 mil itens em seu acervo, e
50 novos títulos adicionados por semana! Sua meta é alcançar 1 milhão. A
maioria dos títulos é em Inglês, mas outras línguas das mais representadas são
Francês, Alemão, Finlandês, Neerlandês, Espanhol e Português. A versão em
português do site pode ser acessada aqui: http://www.gutenberg.org/wiki/PT_Principal
.
O primeiro livro digital foi
publicado apenas em 1993: “Do assassinato, considerado uma das belas artes”, de
Thomas de Quincey. No ano 2000, Stephen King lançou um conto digital, “Riding
the Bullet” – 400 mil cópias foram baixadas apenas nas primeiras 24 horas!
Os formatos disponíveis são
variados: .pdf, .doc, .txt, .html, .epub, .lit, e por aí vai. A diversidade é
tão grande que programas foram criados especificamente para a leitura de
e-books, capazes de decodificar todos esses tipos de extensões e apresentar em
forma de texto. Vieram então os leitores de livros eletrônicos, aparelhos
projetados exclusiva ou principalmente para leitura de e-books, que começaram a
ser lançados em 1998. Desde os primeiros lançamentos – Rocket ebook e Softbook
– esses aparelhos foram evoluindo, passando pelo Kindle, até chegar ao iPad.
Um dos pontos positivos do
e-book é a praticidade. Em apenas um desses leitores, pode-se carregar milhares
de livros!
E há a questão do preço, é
claro. Por não ter gastos com a impressão e todo o processo de montagem do
livro, os e-books têm um preço em torno de 50% menor que os livros
convencionais. Além dos downloads gratuitos de livros que já são de domínio
público.
O e-book substituirá o papel?
Dificilmente. Muitos são os que concordam com os “tradicionais”, que a sensação
tátil do livro é uma parte importante na leitura. Mas isso não impede que o
e-book seja uma ferramenta importantíssima para o hábito de leitura!
Certamente, muitos novos leitores estão se formando graças à praticidade e
acessibilidade do livro eletrônico.

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